Avaliação da supressão de emissão otoacústica em mulheres com enxaqueca e fonofobia

Dado que o sistema eferente olivococlear medial reduz a amplitude das emissões otoacústicas (EOA), o objetivo deste estudo foi estabelecer se tal via é afetada em mulheres com enxaqueca e fonofobia por meio de testes de supressão de EOA. Neste estudo prospectivo de caso-controle, 55 mulheres (29 com enxaqueca e fonofobia e 26 mulheres saudáveis) foram submetidas a testes de emissão otoacústica evocados transitórios (EOAT) em frequências de 1 a 4 kHz. As amplitudes da resposta de EOAT antes e após a exposição ao ruído contralateral e a magnitude da supressão de EOAT foram avaliadas. As amplitudes médias de EOAT nas condições com e sem exposição ao ruído contralateral não foram significativamente diferentes entre os grupos. No entanto, a magnitude da supressão de EOAT foi menor no grupo com enxaqueca; essa diferença foi estatisticamente significativa apenas para as frequências de 1 e 1,5 kHz (p = 0,042 e p = 0,004, respectivamente). Neste estudo, mulheres com enxaqueca e fonofobia exibiram déficits na supressão de EOA, o que aponta para um distúrbio que afeta o sistema eferente olivococlear medial.