A estreita relação entre a perda repentina de olfato e a COVID-19

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Introdução: O número real de casos COVID-19 pode estar subestimado, pois vários países têm dificuldade em oferecer exames laboratoriais para toda a população. Portanto, encontrar um sintoma com alto valor preditivo ajudaria nas estratégias de diagnóstico e isolamento.

Objetivo: Correlacionar a perda súbita do olfato no contexto da pandemia da COVID-19 com os resultados dos testes de diagnóstico da COVID-19.

Método: Trata-se de um estudo observacional transversal. Um questionário on-line foi enviado digitalmente a 725 voluntários que apresentaram perda súbita parcial ou total do sentido de olfato de março a abril de 2020 no Brasil.

Resultados: A perda súbita total ou parcial do sentido do olfato apresentou alto valor preditivo positivo para o diagnóstico de COVID-19, durante a pandemia de COVID-19 no Brasil (88,8%). Não houve diferençs entre os grupos positivos e negativos em relação às características demográficas e clínicas, como presença de alergia, rinite e tempo de recuperação olfativa.

Conclusão: A identificação de perda súbita do olfato durante a pandemia de COVID-19 pode servir como sintoma sentinela e pode ser um alerta para estabelecer medidas para impedir a transmissão da doença.

Dra. Lucia Joffily

Otorrinolaringologista, especialista em Otoneurologia e Medicina do Sono pela UNIFESP. Coordenadora dos ambulatórios de Tontura e Sono na UNIRIO. Doutoranda na University College London (UCL) e UFRJ. Seu foco de atuação clínica e pesquisa são a Tontura e o Sono. CRM RJ 82291-4 | RQE Nº: 37177 | RQE Nº: 37178.

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